De acordo com o primeiro Barómetro de tendências da Reputação Corporativa realizado em Portugal, os líderes nacionais subestimam a existência de crises reputacionais. Metade dos inquiridos (51,3%) entende que é pouco provável as suas organizações serem afetadas por crises com impacto material, nos próximos três anos.
Esta é uma das muitas conclusões do Barómetro do Rep.Circle – The Reputation Plaftorm “O Presente e o Futuro da Reputação Corporativa em Portugal”, que reúne a opinião de quadros superiores de organizações de referência a operar em território nacional.
O estudo revela que a generalidade dos líderes portugueses (85%) reconhece a importância da reputação corporativa no sucesso das organizações, apesar da gestão deste ativo estar ainda a dar os primeiros passos. Verifica-se alguma dificuldade em distinguir “Marca” de “Reputação” (61% dos inquiridos afirma que as duas áreas são geridas em simultâneo) e é evidente a inexistência de pessoas ou departamentos dedicados a esta área de atividade.
Por outro lado, apesar de ser comum encontrar nas organizações iniciativas de construção, melhoria ou proteção da reputação (76,3% dos inquiridos afirmam que a reputação corporativa é gerida de forma proativa), uma parte significativa das organizações consultadas não avalia a reputação corporativa. Exceção feita ao trabalho desenvolvido nas redes sociais, em que isso já acontece por força da sua natureza digital.
Quando foram questionados sobre as iniciativas que prevêem desenvolver nos próximos anos em prol da reputação corporativa, os executivos indicaram a narrativa sobre propósito social (9,5%), a identificação de oportunidades nas redes sociais (9%) e a introdução de métricas para monitorizar os progressos da reputação (8,7%) como as suas três prioridades.
“A reputação corporativa é um ativo que exige uma gestão permanente e que traz grandes benefícios às organizações. Desde logo a estima, a admiração, a boa impressão e a confiança dos stakeholders. No fundo, um conjunto de perceções que contribuem para o valor da empresa e que, somados a comportamentos de apoio tais como o benefício da dúvida, ajudam as organizações a mitigar os efeitos de eventuais crises, em que as perceções das populações interessadas são colocadas à prova. O Barómetro que acabamos de apresentar demonstra que os líderes nacionais estão muito sensíveis para o tema, mas revela também que a gestão da reputação corporativa ainda não está devidamente consolidada nas organizações. Isto mostra a importância de prosseguirmos a discussão do tema e a partilha de melhores práticas.”
Salvador da Cunha, CEO da Lift Consulting e mentor do Rep.Circle
Em Destaque
- 85% dos inquiridos entende que é muito importante o contributo da gestão de topo para a reputação corporativa;
- 76% dos entrevistados diz que a liderança encara de forma proativa a reputação corporativa;
- 61% dos quadros diretivos entrevistados afirmam que as suas organizações gerem “Marca” e “Reputação” em simultâneo.
- Os principais desafios enfrentados nos últimos três anos parecem estar diretamente relacionados com a reputação da organização, com a maior regulação e supervisão governamental no topo das respostas (61%), seguida da dificuldade em atrair talento (52%).
O Barómetro foi desenvolvido a partir de um inquérito por questionário eletrónico, realizado entre os meses de maio e agosto, que contou com o contributo de 156 líderes portugueses, representantes de organizações públicas, privadas, sem fins lucrativos e setoriais.
Descarregue o relatório completo: O Presente e o Futuro da Reputação Corporativa